Resident Evil Requiem chega ao Nintendo Switch 2 após teste bem-sucedido em Village
Resident Evil Requiem está oficialmente chegando ao Nintendo Switch 2, juntamente com Resident Evil 7: Biohazard e Resident Evil Village. O anúncio foi feito durante o recente Nintendo Direct e, embora a revelação tenha surpreendido os fãs, nunca fez parte do roteiro de desenvolvimento original.
Em entrevista à IGN na Tokyo Game Show, o produtor Masato Kumazawa explicou como a Capcom abordou a ideia de portar esses títulos:
O Switch 2 não havia sido anunciado quando começamos a planejar este jogo, então é claro que não estava no plano original. Quando o Switch 2 foi anunciado, pudemos começar a testar o desenvolvimento de jogos para ele e pensamos que seria ótimo se pudéssemos trazer a série Resident Evil para esta plataforma. Começamos portando internamente Resident Evil: Village para ver se funcionaria bem no hardware, e ficou realmente ótimo, o que nos deu a confiança para adicionar uma versão Switch 2 de Requiem aos planos, e isso nos levou ao anúncio recente, onde confirmamos que não apenas Requiem estava chegando, mas 7 e 8 também chegariam ao Nintendo Switch 2 ao mesmo tempo. — Masato Kumazawa
O experimento interno da Capcom com Village demonstrou a capacidade do Switch 2 de lidar com experiências complexas de survival horror sem perder a fidelidade visual ou o desempenho. De acordo com Kumazawa, Requiem para Switch 2 não possui recursos exclusivos ou conteúdo reduzido, o que ele descreveu como positivo. O jogo é apresentado exatamente como em outras plataformas, agora jogável no modo portátil. As primeiras impressões sugerem que esta versão portátil é visualmente forte, mesmo em seu estado inacabado.
A decisão de trazer esses títulos modernos para a plataforma da Nintendo amplia a acessibilidade para jogadores que não possuem consoles ou PCs de última geração. Resident Evil Village já provou sua adaptabilidade em diferentes plataformas, incluindo versões na nuvem, mas o suporte ao Switch 2 oferece uma solução nativa que muitos fãs pediram. Essa mudança também fortalece a programação da janela de lançamento do sistema com grande suporte de terceiros.
Além do anúncio, as primeiras prévias de Resident Evil Requiem revelam o que os jogadores podem esperar do nono título da série principal. Dale Driver, da IGN, apresentou suas impressões práticas na Gamescom 2025, com foco em um trecho de 20 minutos de gameplay ambientado no Rhodes Hill Chronic Care Center. A protagonista, Grace Ashcroft, navega por espaços escuros e claustrofóbicos munida apenas de um isqueiro e garrafas arremessáveis. Esse conjunto restrito de ferramentas enfatiza a furtividade e a tensão, marcando um retorno às raízes de sobrevivência da série.
Requiem dá continuidade à tradição da Capcom de incluir um inimigo perseguidor, uma escolha de design que remonta a Jack Baker, Mr. X, Nemesis e Lady Dimitrescu. O novo inimigo apresentado na demo é um monstro sem nome, imponente em estatura, que combina características físicas de vários inimigos antigos e apresenta mecânicas únicas. Com garras, uma postura curvada e a capacidade de atravessar tetos, o perseguidor força Grace a voar quase constantemente.
"Talvez a arma mais valiosa de Grace, como você já deve ter percebido, seja a habilidade de se esgueirar. Agachado, você tem alguns momentos de misericórdia, aproveitando qualquer pequeno espaço que encontrar." — Dale Driver
O perseguidor reage a sons, movimentos e luz, criando uma experiência dinâmica de gato e rato que lembra Alien: Isolation. Ao contrário de seus antecessores, esta criatura é vulnerável a luzes brancas brilhantes no teto, que queimam sua pele e a forçam a recuar. Esta mecânica atualiza o conceito tradicional de "sala segura" de Resident Evil com uma explicação mais lógica no mundo real.
A demo destacou como as perspectivas em primeira e terceira pessoa são suportadas e otimizadas. Sequências em primeira pessoa intensificam a claustrofobia, com sustos roteirizados se beneficiando de um campo de visão mais estreito. Momentos em terceira pessoa, no entanto, empregam animações específicas de perspectiva para manter a tensão, como Grace tropeçando enquanto é perseguida. A decisão da Capcom de permitir que os jogadores alternem entre essas perspectivas em tempo real é notável, dando liberdade e preservando o tom de terror.
A prévia da IGN enfatizou o retorno de mecânicas familiares de survival horror — gerenciar inventário limitado, encontrar chaves incomuns e resolver quebra-cabeças ambientais. Esses elementos continuam a ancorar Requiem dentro da estrutura estabelecida de Resident Evil, ao mesmo tempo em que criam tensão em torno da vulnerabilidade de Grace.
Apesar de ser um corte vertical, a demo gerou especulações sobre seu papel no jogo final. Lançamentos anteriores usaram demos personalizadas, como "Beginning Hour" de Resident Evil 7, o que significa que esta prévia pode representar apenas uma demonstração de tom, e não um capítulo final. Ainda assim, as impressões sugerem que a Capcom está comprometida em equilibrar nostalgia com inovação.
A estratégia da Capcom com Requiem também se cruza com a discussão em andamento da comunidade sobre vazamentos. Os fãs vêm vasculhando datamines e fontes não oficiais há meses, especulando sobre personagens, inimigos e rumos da história. Embora as revelações na Tokyo Game Show e na Gamescom confirmem algumas expectativas, elas também deixam ambiguidade suficiente para alimentar especulações, principalmente sobre quais partes da demo serão incorporadas ao produto final.
Alguns fãs também estão discutindo se Requiem contém um teaser oculto de Resident Evil 9, já que a Capcom já havia incorporado conexões entre os títulos em suas primeiras campanhas de marketing. Nada de concreto surgiu, mas jogadores apontaram simbolismos recorrentes e imagens enigmáticas em materiais de pré-estreia que sugerem um planejamento narrativo de longo prazo.
A decisão da Capcom de trazer Requiem e outros títulos Resident Evil para o Switch 2 reflete a confiança na plataforma e em seu público. A inclusão de Resident Evil 7 e Village garante que os jogadores possam vivenciar o arco completo da era moderna da franquia em um único console. Para a Nintendo, garantir esta trilogia reforça a capacidade do Switch 2 de oferecer suporte a jogos de terceiros contemporâneos sem depender de streaming ou concessões.
O anúncio também reforça a presença de Resident Evil rumo a 2026. Quando Requiem for lançado, a Capcom terá três títulos principais disponíveis para Switch 2, além de lançamentos consagrados para PC e outros consoles. Isso garante ampla acessibilidade para jogadores, independentemente da preferência de hardware, algo com que a franquia historicamente tem lutado ao transitar entre gerações.
As primeiras prévias de Requiem pintam o cenário de uma experiência de terror com forte apelo a ambientes claustrofóbicos, design de inimigos implacável e recursos limitados. A vulnerabilidade de Grace Ashcroft, aliada ao sistema de perspectiva dupla da Capcom, sugere um jogo que busca entregar sustos tradicionais e flexibilidade moderna. O inimigo perseguidor sem nome personifica o experimento contínuo da Capcom com ameaças persistentes, evoluindo a fórmula e prestando homenagem aos favoritos dos fãs.
Para os donos do Nintendo Switch 2, a promessa de levar os horrores mais recentes de Resident Evil para o console portátil representa um salto significativo. Para a Capcom, o port bem-sucedido de Village e o lançamento mais amplo de três títulos podem definir o tom para a continuidade do suporte na plataforma. E para os jogadores, a questão que se coloca não é tanto se o hardware suportará os jogos, mas sim quais terrores Requiem finalmente trará quando for lançado.
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