
O que é que se passa com a Beta Aberta do Battlefield 6?
A segunda beta do fim de semana de Battlefield 6 chegou com mais modos de jogo e opções de personalização, mas também trouxe sérios problemas de matchmaking, falhas no DLSS e obstáculos extra para os jogadores de PC devido ao Secure Boot. A EA e a DICE dizem que estão a trabalhar em correcções, enquanto o sistema anti-cheat já expulsou 330.000 batoteiros desde a primeira versão beta. As listas de reprodução foram alargadas para maior variedade e estão disponíveis novos controlos de modo de mapa, mas os problemas técnicos são difíceis de ignorar.
A versão beta foi lançada hoje e decorre até domingo, 17 de agosto, no PC, PS5 e Xbox Series X|S. A segunda semana vem com várias alterações para tornar a jogabilidade mais variada. O All-Out Warfare alterna agora entre Breakthrough, Conquest e Rush, enquanto a pesquisa personalizada permite aos jogadores dar prioridade a combinações específicas de modos de mapa, como Conquest no Siege of Cairo. Não se trata de um browser de servidor completo, mas é um passo no sentido de dar aos jogadores mais controlo sobre a sua experiência.
As listas de reprodução mudam diariamente durante a fase beta. Às quintas-feiras, há Conquest, Rush e modos mais pequenos de ritmo acelerado, como Domination e King of the Hill. A sexta-feira adiciona o Squad Deathmatch, enquanto que o sábado e o domingo continuam a mistura, com batalhas All-Out Warfare em grande escala, juntamente com opções de proximidade. O Training Grounds continua disponível para praticar tiro ao alvo e aprender o básico, enquanto o Initiation Mode oferece partidas contra soldados da IA para jogadores com nível de carreira 15 ou inferior.
Infelizmente, embora a escolha extra seja bem-vinda, muitos jogadores não conseguem tirar o máximo partido dela devido a falhas generalizadas no matchmaking. Os relatórios foram recebidos poucos minutos após o lançamento da versão beta, com queixas que vão desde não conseguir juntar-se a amigos, a ficar completamente bloqueado nos jogos, a falhas constantes. Algumas pessoas que tiveram um primeiro fim de semana de beta sem problemas estão agora a encontrar obstáculos. A conta oficial do Battlefield Reddit da EA confirmou os problemas e prometeu uma correção "o mais rapidamente possível", aconselhando os jogadores a garantir que o seu cliente EA está totalmente atualizado.
O suporte a DLSS e DLAA também está quebrado no beta. De acordo com a EA, a causa principal foi encontrada e as funcionalidades deverão ser restauradas ainda hoje. Até lá, os jogadores que usam as ferramentas de melhoria de desempenho da NVIDIA estão sem sorte.
O requisito de arranque seguro para jogadores de PC continua a suscitar discussão. Faz parte do sistema anti-cheat do Battlefield 6, o Javelin, que é executado ao nível do kernel. O Secure Boot tem de ser ativado na BIOS antes de o jogo arrancar. Isto apanhou alguns desprevenidos, especialmente porque o Javelin também pode entrar em conflito com os sistemas anti-cheat de outros jogos, como o Vanguard da Riot, se ambos estiverem instalados.
Apesar dos obstáculos, a beta é de grande dimensão. A EA diz que é a maior da história de Battlefield, e os analistas da indústria prevêem que poderá ultrapassar Call of Duty este ano. Mas a sua dimensão também faz dela um alvo para os batoteiros. A equipa anti-cheat do Battlefield revelou que o Javelin bloqueou mais de 300.000 tentativas de batota durante a fase beta, com 330.000 batoteiros banidos logo na primeira ronda. Mais de 100.000 contas adicionais foram marcadas para revisão.
Um representante da EA Anti-Cheat resumiu o seu trabalho atual:
"O Anti-Cheat não é uma coisa única e acabada, é um campo de batalha em constante evolução, e o que funcionou para nós anteriormente ou em jogos diferentes nem sempre funciona em todos eles".
Salientaram que as denúncias dos jogadores são vitais, uma vez que uma única denúncia pode levar à descoberta de comunidades de batoteiros inteiras e de novos métodos de deteção.
Mesmo com os problemas técnicos, a DICE está a usar a versão beta para testar as preferências dos jogadores e recolher dados para o lançamento. As listas de reprodução rotativas, a pesquisa personalizada e os modos de treino alargados fazem parte dessa experimentação. Os programadores sublinharam que a rotação diária não fará parte da versão de lançamento, onde os jogadores podem esperar um alinhamento mais estável.
Os jogadores ainda precisam de verificar se o seu hardware cumpre os requisitos de sistema do Battlefield 6 antes de se lançarem no jogo, especialmente porque o passo Secure Boot tem atrapalhado algumas configurações. A EA não sugeriu a remoção deste requisito, o que significa que provavelmente estará em vigor para o lançamento completo.

A versão beta termina a 17 de agosto, o que deixa pouco menos de dois meses antes do lançamento a 10 de outubro. Não é muito tempo para resolver os problemas de matchmaking, corrigir o DLSS e garantir que o anti-cheat funciona sem entrar em conflito com outros títulos. Mas a EA parece confiante nos seus progressos e, dada a dimensão da base de jogadores, não faltará feedback para trabalhar.
Entretanto, o segundo fim de semana oferece uma amostra alargada do âmbito do jogo. Conquest continua a ser a experiência de assinatura em grande escala, Rush e Breakthrough trazem um jogo mais focado em objectivos, e os modos Close Quarters proporcionam combates mais rápidos e caóticos. Os jogadores podem alternar entre armas abertas e armas fechadas consoante a lista de jogos, dando uma ideia de como as restrições afectarão o ritmo no jogo final.
Desde que consigas entrar numa partida, há muito para experimentar - mas a estabilidade do matchmaking decidirá quantos realmente conseguem. A combinação de alterações nas listas de jogos em tempo real, controlo alargado do jogador e aplicação mais rigorosa de medidas anti-cheat mostra que a DICE e a EA estão a tentar lançar o jogo de uma forma mais polida. Se isso será possível depois de uma beta atribulada, depende da rapidez com que estas correcções forem feitas antes de outubro.
Por agora, a questão não é se o Battlefield 6 tem o conteúdo - é se a infraestrutura consegue acompanhar a procura. Com 330.000 batoteiros já expulsos e os sistemas de matchmaking sob pressão, a beta aberta está a revelar-se um teste de stress tanto para os servidores como para os jogadores.
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