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Ragebound revive Ninja Gaiden com velocidade e tolice
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Ragebound revive Ninja Gaiden com velocidade e tolice

Ninja Gaiden: Ragebound é um jogo de ação 2D rápido e preciso que acerta em muitos pontos sem reinventar nada completamente. É um Ninja Gaiden mais simples e acessível do que nunca, mas ainda encontra maneiras de punir os jogadores que se aprofundam no conteúdo opcional ou enfrentam os chefes mais difíceis. É estiloso, sangrento e curto o suficiente para terminar em um fim de semana, com muitos extras para quem gosta de luta.

A análise foi feita pela PC Gamer e escrita por Abbie Stone, que teve contato direto com o jogo. O jogo foi desenvolvido pela The Game Kitchen — a mesma equipe por trás de Blasphemous — e fica claro que eles trouxeram um pouco de sua pixel art característica e seu toque de combate violento. Desta vez, porém, eles trocaram o peso religioso por movimentos rápidos e enredos ridículos.

Você joga como Kenji, um aluno de Ryu Hayabusa, o lendário ninja dos jogos anteriores. Ryu está ocupado, então cabe a Kenji fatiar demônios, ninjas rivais e qualquer um que cruze seu caminho. Ele possui um conjunto básico de ferramentas: golpes de espada, facas de arremesso e um movimento de quique, ótimo tanto para travessia quanto para matar. A jogabilidade principal incentiva mortes rápidas, e muitos inimigos são projetados para morrer no meio da animação de abertura.

O combate é satisfatório de uma forma limpa e simples. Depois de desbloquear um talismã que restaura a saúde quando sua sequência de mortes está ativa, o ritmo se aproxima de uma corrida arcade com temática ninja. Mova-se rápido, mate tudo, mantenha-se vivo. Para speedrunners e caçadores de pontuações altas, Ragebound será uma explosão. Para todos os outros, é uma experiência enxuta e impactante que evita repetições.

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A história não se leva a sério. Kenji acaba unindo forças com Kumori, uma ninja rival do clã Aranha Negra. As brincadeiras entre eles são mais divertidas do que a trama em si, que inclui agentes da CIA, pactos demoníacos e um canteiro de obras comandado por ninjas. É bobo no melhor sentido, e ajuda o jogo a continuar sem se prender à exposição.

O jogo percorre diferentes ambientes rapidamente — vilas, montanhas, bases navais, esgotos — sem passar muito tempo em um único lugar. Cada seção mistura combate e plataforma leve, com quebra-cabeças simples ocasionais. Tudo foi projetado para manter o ritmo em vez de atrasá-lo com mecânicas complexas.

Uma coisa interessante é a ausência de um sistema de defesa. Numa época em que todo jogo de ação exige timing perfeito e contra-ataques defensivos, Ragebound simplesmente te entrega uma espada e diz "vai". Alguns inimigos brilham antes de morrer, dando acesso a um superataque temporário. Você também ganha uma habilidade de congelamento de tempo, que acaba sendo crucial em lutas contra chefes. Essas pequenas mecânicas adicionam variedade suficiente sem complicar demais a fórmula.

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Falando em chefes, os três últimos são um avanço considerável. Essas lutas forçam você a usar todos os truques que o jogo ensinou e podem frustrar alguns jogadores que se acostumaram a passar pelas fases iniciais sem dificuldades. O chefe final é particularmente bom e parece um clímax de verdade. Mas nem todos os desafios são tão justos. Objetivos opcionais como "derrotar este chefe em menos de um minuto" ou "não ser atingido" caem no território do absurdo. Abbie Stone admite que riu do cronômetro de um minuto para o chefe depois de passar uma hora sem conseguir cumpri-lo.

Depois, há os níveis secretos. Você os encontrará em uma aba claramente marcada chamada "NÍVEIS SECRETOS", o que meio que anula o propósito da furtividade. É nessas fases que o jogo realmente se aprofunda em suas raízes, com posicionamento brutal de checkpoints e inimigos cruéis. Ragebound pode começar fácil, mas quem deseja a brutalidade clássica de Ninja Gaiden da era do NES encontrará isso nessas seções.

Ainda assim, o jogo tem problemas. Alguns encontros com inimigos dependem demais de tentativa e erro. O contador de mortes em cadeia — que se torna essencial quando você obtém o talismã — às vezes simplesmente não aparece, quebrando o ritmo. E algumas mortes fáceis parecem um retorno a uma época em que a justiça não era um objetivo principal do design.

Apesar dos solavancos, a jornada é tranquila. A história principal dura cerca de sete horas, e há bastante conteúdo pós-jogo se você quiser mais sofrimento. Comparado ao tom intenso e sério de Blasphemous, parece que a The Game Kitchen está respirando fundo e se divertindo. Eles podem ser conhecidos pelo desespero gótico, mas são surpreendentemente bons em criar um jogo de luta ninja descolado.

O universo dos jogos de espadachim 2D está saturado. No ano passado, tivemos lançamentos como Prince of Persia: The Lost Crown e Nine Sols, ambos com combates habilidosos e direção visual forte. Ragebound não os supera, mas se destaca, especialmente para jogadores que buscam algo mais leve. É um ótimo aperitivo entre jogos mais pesados, oferecendo momentos rápidos de ação e um motivo para retornar se você busca conquistas ou almeja a conclusão completa.

A onda de jogos com inspiração retrô deste ano continua crescendo, e Ragebound se encaixa perfeitamente nessa lista. Não muda o gênero, mas o respeita e adiciona elementos divertidos o suficiente — como ser perseguido por um demônio em uma escavadeira — para tornar a experiência memorável.

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Pode não ter um orçamento alto ou uma narrativa envolvente, mas Ninja Gaiden: Ragebound traz de volta um clássico da ação de uma forma que parece inovadora o suficiente — e difícil o suficiente — para garantir um lugar na programação moderna. Não é perfeito, mas acerta onde importa.

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