
A primeira atualização de Clair Obscur foi lançada — e é só o começo
Então, Clair Obscur: Expedition 33 foi lançado com tudo, né? Um milhão de cópias vendidas em três dias, 92 no OpenCritic e no Metacritic, e o tipo de burburinho pós-lançamento que a maioria dos JRPGs mataria para ter. Uma estreia incrível para uma propriedade intelectual novinha em folha de um estúdio que ninguém conhecia há um ano.
Agora, a Sandfall Interactive acaba de lançar a versão 1.2.2 — a primeira de (aparentemente) muitas atualizações que virão. Não é um patch chamativo, mas sim correções de bugs e algumas melhorias na localização, mas o mais interessante é o que isso significa para o futuro do jogo. Parece que a Expedition 33 não é apenas um projeto de paixão único — está se tornando a base para algo muito maior.
“Clair Obscur: Expedition 33 atingiu alguns marcos incríveis, e os jogadores estão ansiosos para saber o que a equipe de desenvolvimento tem reservado para eles.”
Acho que você não ficará surpreso ao saber que o jogo conquistou as paradas do Steam e ainda domina lá.

Uma nova voz no gênero JRPG
Vamos voltar um pouco e falar sobre como chegamos até aqui. Os JRPGs estão em uma situação meio estranha agora. Temos grandes séries tradicionais como Final Fantasy fazendo reinvenções com muita ação, indies menores improvisando com clássicos do SNES, e muito pouco entre esses extremos. É aí que Clair Obscur entra em cena com sua mistura única de combate por turnos e comandos em tempo real, envoltos em surrealismo pictórico e fantasia francesa de alto drama.
A Sandfall Interactive é um estúdio francês novinho em folha, e Expedition 33 é seu primeiro grande título. Ele roda na Unreal Engine 5, parece uma galeria de arte conceitual explodida e se inclina fortemente para uma vibe teatral que parece nova, mas também distintamente europeia. Pense em NieR: Automata encontrando Disco Elysium com um pouco de ritmo de Dark Souls para dar um toque especial. É dramático, tem um clima sombrio e não te pega pela mão — e as pessoas adoram por isso.
O que é ainda mais impressionante é como ele escapou dos problemas habituais de RPGs de estreia. Claro, houve alguns bugs (daí o patch), mas a estrutura, o roteiro e o design mecânico eram sólidos desde o início. Isso é raro, especialmente para um estúdio que ainda não tinha um legado de renome.

O que há no Patch?
Certo, então o que a versão 1.2.2 realmente corrigiu? Aqui está a lista resumida:
- Um bloqueio suave se você atordoar o Burguês Adulto após ele devorar um membro da Expedição.
- Um bug de inventário que fazia com que os Tints aprimorados desaparecessem se não fossem totalmente reabastecidos.
- Espaços reservados para texturas que, de alguma forma, foram incluídos na versão de lançamento.
- Algumas travas desagradáveis no mapa — como ficar preso perto do Santuário Antigo ou das Águas Voadoras.
- Uma falha estranha no estado ocioso envolvendo a habilidade Terremotos de Glaise e Monoco.
Além disso, alguns ajustes de localização para as versões em francês, alemão e chinês. Nada revolucionário, mas mostra que os desenvolvedores estão acompanhando de perto e resolvendo os problemas rapidamente.
“Esta é a primeira de uma série de atualizações que chegarão ao Clair Obscur nas próximas semanas.”

O DLC está na mesa?
Com certeza. Aliás, o roteirista principal já mencionou que é algo que eles estão "considerando", graças a todos os feedbacks positivos. Eles ainda não se comprometeram com nada concreto, mas a vibe é forte. E por que não arriscariam? A história é profunda, o mundo é estranho e os personagens (um salve para Gustave, Maelle e aquele guitarrista incrível, Lune) estão todos implorando por mais tempo na tela.
Ah, e olha só: um filme live-action já está em desenvolvimento. Sério. Isso é... ambicioso. Está sendo feito discretamente nos bastidores, mas, se der certo, pode ser a primeira adaptação de JRPG para o cinema que não seja dolorosamente constrangedora. Talvez.

Por que está batendo tão forte
Parte do que fez Expedition 33 ressoar tanto é que ele não parece estar perseguindo nada. Não está tentando ser Persona, ou Xenoblade, ou qualquer coisa AAA que esteja em alta no momento. É algo único. O mundo do jogo — um apocalipse onírico onde pessoas são apagadas da história todos os anos — tem um tom poético e pictórico que parece ter saído apenas de um estúdio francês.
Até o combate reflete isso. Não é apenas apertar menus; é rítmico, deliberado e cheio de esquivas e defesas em frações de segundo. Você não está apenas jogando um JRPG — você está realizando um.
De muitas maneiras, Clair Obscur está fazendo o que Undying, de Clive Barker, fez pelos jogos de tiro de terror antigamente — mostrando que há espaço para estilo e experimentação em um gênero que tem sido um pouco seguro demais ultimamente.

Onde está Clair Obscur: Roteiro da Expedição 33?
Sandfall ainda não divulgou um roteiro completo, mas, pelo tom deles, teremos mais atualizações em breve — talvez até correções semanais ou lançamentos de eventos. Há também a edição física esgotada, uma equipe de desenvolvimento que continua crescendo e rumores de acordos de DLC e filmes.
Então, talvez este não seja um caso isolado. Clair Obscur pode ser o início de algo maior — talvez uma trilogia, talvez algo multimídia. O gênero JRPG está sedento por novas ideias, e este jogo acaba de nos presentear com um copo cheio de estranheza vintage.
Clair Obscur: Expedition 33 é mais do que um belo JRPG indie. É o início de uma nova visão — temperamental, estilosa, experimental — e ainda não está pronta. O patch 1.2.2 já está disponível com correções de bugs, e a Sandfall Interactive está dando dicas de novidades ainda maiores, desde um possível DLC até um filme live-action. Apertem os cintos. O sonho ainda não acabou.
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