A Polónia é o único país da UE a manter o MiCA
O parlamento do país não conseguiu anular o veto do presidente Karol Nawrocki ao projeto de lei sobre o mercado de ativos criptográficos, levando à necessidade de reiniciar o processo legislativo do zero. Este evento destaca as disputas políticas internas na Polónia e pode ter consequências para o mercado local de criptografia, que está a desenvolver-se ativamente.
De acordo com os dados mais recentes, a câmara baixa do parlamento polonês (Sejm) tentou anular o veto do presidente durante uma votação em 5 de dezembro, mas não conseguiu reunir a maioria necessária de três quintos - ficando aquém por 18 votos. O presidente Nawrocki vetou o projeto de lei no início da semana, argumentando que era excessivamente complexo em comparação com outros países da UE e corria o risco de levar as empresas de criptografia locais para o exterior.
"Esta lei pode forçar as empresas nacionais a se mudarem para outros países", afirmou o presidente, citando potenciais barreiras burocráticas.
O primeiro-ministro Donald Tusk, por outro lado, apoiou ativamente o projeto de lei, chamando-o de parte da política de segurança nacional. Alertou para o facto de, sem regulamentação, as criptomoedas poderem ser utilizadas pelos serviços secretos russos e por grupos de crime organizado para financiamento secreto. Durante os debates parlamentares, Tusk instou os deputados a anularem o veto, mas a tentativa falhou devido às divisões políticas entre os apoiantes do nacionalista Nawrocki e a coligação pró-europeia de Tusk.
A MiCA, que entrou em vigor na UE no final de dezembro de 2024, prevê a emissão de licenças para provedores de serviços de ativos criptográficos e visa garantir clareza regulatória para ativos digitais. Outros países da UE, como Alemanha, Malta, Holanda e Lituânia, já começaram a emitir essas licenças. O regulador italiano Consob lembrou recentemente às empresas o prazo de 30 de dezembro para o cumprimento da MiCA, avisando que os fornecedores de activos virtuais não registados devem cessar as operações ou apresentar candidaturas.
Para a Polónia, este atraso cria um vazio regulamentar. Apesar disso, o mercado de criptografia no país está crescendo rapidamente: de acordo com Chainalysis, a Polônia ocupa o oitavo lugar na Europa em termos de criptomoedas recebidas de julho de 2024 a junho de 2025, com um crescimento anual de transações superior a 50%. De acordo com as estimativas do Statista, cerca de 7,9 milhões de polacos (um quinto da população) utilizam criptomoedas. Os especialistas do sector estão divididos: alguns vêem o projeto de lei como um passo em direção à clareza, enquanto outros, como o CEO da bolsa polaca Zondacrypto, consideram-no um "passo atrás" que pode criminalizar o desenvolvimento básico da cadeia de blocos.
Na sequência deste evento, a Comissão Europeia está a considerar centralizar a regulamentação das trocas de criptografia sob supervisão unificada, semelhante à SEC nos EUA, o que poderia reduzir a importância das implementações nacionais no futuro. No entanto, tais mudanças exigiriam anos de negociações e implementação.


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