Quinn "Quinn" Callahan fala sobre a vida depois do Pro Dota 2 e o futuro sombrio da cena norte-americana

O antigo midlaner dos Gaimin Gladiators e estrela do Dota 2, Quinn "Quinn" Callahan, falou sobre a sua vida depois de se ter afastado do jogo profissional e sobre o seu novo capítulo como analista do BLAST Slam IV: Dota 2. Numa entrevista recente ao canal de YouTube da Hotspawn, Quinn reflectiu sobre a calma e a clareza que encontrou desde que deixou a competição para trás.

A dura realidade do cenário do Dota 2 na América do Norte

Callahan não se coibiu de criticar o estado atual do Dota 2 da América do Norte, expressando uma perspetiva sombria para o futuro da região.

"Não há futuro para a região", disse ele sem rodeios. "Há demasiados problemas - uma pequena base de jogadores, nenhum investimento real e o elevado custo de vida tornam quase impossível atrair patrocinadores."

O antigo profissional explicou que a maior parte do financiamento dos desportos electrónicos em todo o mundo provém de empresas de apostas, mas como o mercado americano de apostas em desportos electrónicos continua subdesenvolvido, os aspirantes a jogadores não têm apoio financeiro nem motivação.

"Mesmo que uma equipa termine em 12º lugar, quando o prémio em dinheiro é dividido entre os jogadores, a organização e os impostos, não sobra quase nada", observou Quinn. "Sem dinheiro e sangue novo, a região está condenada."

Os comentários sinceros de Callahan realçam os desafios crescentes que o panorama dos desportos electrónicos na América do Norte enfrenta - e como, para alguns veteranos, afastar-se da competição pode ser o único caminho para a paz e a realização.